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       AS MONJAS NO AVIÃO

       Poema de Antonio Miranda

 

As monjas como pombas arrulhadas,
embrulhadas em suas vestes pudicas. Dormem, apascentadas e silentes,
uma introversão de timidez e castidade.
Castigadas pela reclusão, dormem.

Mãos pálidas, e óculos ensimesmados,
encapuçadas no exílio de si mesmas.
Dormem com crucifixos e rosários
e no cansaço (que é de qualquer um)
dormem.

Uma se levanta, resguardada
por camadas de vestes vetustas, tenta
roçar-se, lenta, apertando a região
soterrada da vulva preservada, oculta,
os dedos pressionando, roçando  as peles submersas de sua condição.

Uma outra acorda assustada, e dissimula.
Estamos chegando no aeroporto, eu
despisto.

        

 No voo México – Lima,
17.10.2011
.


 

 

 
 
 
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